de Sabrina Telles
uma canção pra ela
(singela, brasileira)
vem destruindo todas as capas:
chega
chega desaguando por entre os mundos:
inunda
caminhando por entre calles:
passa
passa pelas esquinas,
contornando esquinas,
derrubando muros,
tomando conta de tudo
que nem sabia que era seu,
mas é.
vai ventando quente e denso:
invade
invade a ponto de abraçar meu corpo
e carregar meu corpo
para que eu sinta meu corpo.
uma canção pra ela
(singela, brasileira)
vem destruindo todas as capas:
chega
chega desaguando por entre os mundos:
inunda
caminhando por entre calles:
passa
passa pelas esquinas,
contornando esquinas,
derrubando muros,
tomando conta de tudo
que nem sabia que era seu,
mas é.
vai ventando quente e denso:
invade
invade a ponto de abraçar meu corpo
e carregar meu corpo
para que eu sinta meu corpo.
toco, vejo, enxergo e ouço:
os verdes
passando pelos verdes,
sacudindo outros verdes.
traz o silêncio que vem como maré e bate
bate tão forte que sobe a espuma d'água e me molha
inteira e entregue e lembro da graça que é ser
antes de tudo, ser,
sem rodeios.
os verdes
passando pelos verdes,
sacudindo outros verdes.
traz o silêncio que vem como maré e bate
bate tão forte que sobe a espuma d'água e me molha
inteira e entregue e lembro da graça que é ser
antes de tudo, ser,
sem rodeios.
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