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domingo, 21 de fevereiro de 2010

por Natália Carvalho
Elementos da Liberdade
(Ao som da Alicia Keys)

Pra mim?
A paz,
o direito de ir e vir,
a consciência,
o auto-conhecimento: a força de saber o que se é,
o assumir riscos,
as consequências,
o medo.
A falta de medo.
O errar e saber levantar, o chorar e depois sorri, o seguir sempre em frente, o melhor, o pior, o exposto, o escondido.
O poder no sentido de que se pode fazer algo, não o poder que mata e destroí. O poder ser feliz, sem pressões, sem lesões.
Amar-Sofrer-Sentir. O elemento da liberdade é o : sentir.
É sentir sem vergonha, descaradamente. Sentir a dor, o ódio, o rancor, por que não o rancor ? Afinal não somos feitos só de amor.
É o pensar com o pensamento fixo, ter consciência de si e daí se moldar á toda e qualquer situação. Desenvolver, superar, evoluir,admitir.
É ser livre daquilo que te restringe de crer de ser.

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

por Patrícia Soares

De concessões e entregas, a vida é feita
Até que ponto uma pessoa pode influenciar outra? Digo, será que temos o poder de sermos tão importantes pro outro a ponto de provocarmos uma mudança nele?!

Não me refiro apenas às mudanças positivas, mas às negativas também.
Quando nos envolvemos com alguém e nos jogamos por inteiro, fechamos os olhos a tudo que está em volta. Naquele momento, só ele importa. Deixamos nos levar pelo que é aparente. E depois, deixamos nos levar pelos sentimentalismos.

Os dias se vão.

Quando resolvemos erguer a cabeça, nossa vida já está em volta daquele ser que nos mudou, nos fez descobrir coisas, nos fez feliz.

É engano pensar que situações como essa se resumem sempre a um final feliz. A vida não é um conto de fadas, apesar de ser tão clichê quanto.

O que nos trouxe alegrias em um primeiro momento; pode fugir, vir a nos decepcionar... Não sei... Até porque não importa "como"; a questão será "por que?"

Por que de repente de todos os risos fizeram-se prantos? Por que ela deixou que assim fosse? E por que eu permiti que fosse feita sua vontade?

Erros são cometidos. E todos devem ser perdoados. Todos são perdoáveis. Não apenas no fim, ou no meio; mas no começo de tudo.

Todos merecem ter um final feliz. Nem sempre é assim. E sabemos que: Os únicos responsáveis por isso somos nós mesmos.

"O que sentimos não é importante. O que importa é o que fazemos."
Permita-se assistir (ou ler): O Leitor

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

por Sabrina Telles
" E se, de repente, a gente não sentisse a dor que a gente finge e sente "
Refugio-me nas palavras e esqueço. Esqueço o que vinha fazer aqui, se iria lhe falar sobre mim; como se estivesse escrito algo na areia e um vento mais forte embaralhasse tudo antes que fosse possível decifrar, Sente?
Eu me entrego, e me entrego. A sensação assemelha-se ao infantil cheiro verde de alfazema. "Sinto o vento me tocar, espero você chegar" ? Mas meu consciente já não sabe ao menos quem é "você". Pois, desse modo, lhe espero.
O vento sopra pra aliviar qualquer dor que ainda reste. O branco é azul. Já estou voando. O voo oscila paralelo aos acordes do piano: subindo e descendo, subindo e descendo... Repouso melodicamente na areia. E, então, fecho o livro.
Meus cílios vão aos poucos se separando e me encontro deitada, frágil, com olhos abertos.
"O sonho é o que temos de nosso, de impenetravelmente e inexpugnavelmente nosso."
Fernando Pessoa

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