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domingo, 16 de maio de 2010

por Natália Carvalho & Sabrina Telles

Tocar o Céu

Por mais que se queira lidar com vontades e contradições, é sempre complicado lutar pelo que se quer. Força de vontade, seguir em frente, é andar sem olhar para as coisa que te fazem parar. Viver o presente - pensando no futuro -, plantar para colher. Esquecer a preguiça, ser um trator, um tanque de guerra, mostrar-se cara a cara, assumir consequências de nossos atos... Tudo é uma questão de momento. As vezes, voltamos atrás e a reflexão é indispensável - cogitar o contrário seria anular a própria coerência de tudo já fora dito.
Hoje, não é o que faremos. Hoje não vamos voltar.
Hoje vamos Tocar o Céu. Vamos subir. Vamos atingir o nunca esperado. Vamos ser mais que nós mesmas. Vamos valorizar nosso próprio esforço de existir. Vamos nos despertar para o mundo externo.

Se conseguimos ir contra todas as probabilidades e, assim, viemos ao mundo; se demos alguns passos e depois corremos; se vieram sílabas aleatórias e depois as palavras; Seremos então tudo que queremos ser.

Estamos nascendo. Estamos crescendo. Engatinhando. Desenrolando. Levantando. Andando.

Falando. Desenvolvendo. Escrevendo. Desprendendo. Transbordando.
Voando.
Eu não vou ficar na terra, não...

Eu vou sentir o branco do céu. E vou provar para mim mesma que ele é azul.

(Touch the Sky - Kanye West ft. Lupe Fiasco)

quinta-feira, 13 de maio de 2010

por Patrícia Soares

Enfim, nasceu a liberdade.
Liberdade das "mãos calejadas".
Liberdade das "costas marcadas".
Liberdade dos seios tantas vezes possuídos sob ameaças.
Liberdade do "pleno mar" banhado com sangue.
Liberdade do olhar apenas para o chão.
Liberdade do ferro que limitava o passo para o mundo.
Liberdade.

Foto: Pierre Verger. Itaparica (Bahia, Brasil) 1946-1978 nº24624. Copyright Foundation Pierre Verger

sábado, 1 de maio de 2010

por Sabrina Telles
Vestida

(para minha AMIGA que vejo crescer incrivelmente

a cada minuto.)

Parar e pensar sobre sensações, hoje, é querer não deixar os amigos nunca. Tenho as pessoas exatas, pessoas inteiras. É necessário exercer uma enorme força sobre mim para não me deixar fechar. A vontade é mesmo de me fechar: ninguém entra, ninguém sai! Quase um preconceito, confesso. Por isso que não me permito agir assim e a força (até agora) tem sido suficiente. Ainda tem muito o que sentir. Acrescentar!, pois não aceito decréscimos!
Estou excessiva: amando demais, admirando demais, sendo demais. Só para os amigos. Visto-me com os que eu amo e me protejo. E também me liberto. Dialeticamente, vou existindo. Vou me tecendo e vão me tecendo. Concretizo-me dessa forma. Tento ascender para uma totalidade utópica daquelas que devemos sempre buscar para que não nos sintamos completos, satisfeitos. Você me entende? Pois é exatamente essa força de me querer maior que me exerço. Agora e, talvez, sempre. Essa força eu também eu lhe desejo e quero que sinta. Agora. Sempre.

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