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segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

por Sabrina Telles
" E se, de repente, a gente não sentisse a dor que a gente finge e sente "
Refugio-me nas palavras e esqueço. Esqueço o que vinha fazer aqui, se iria lhe falar sobre mim; como se estivesse escrito algo na areia e um vento mais forte embaralhasse tudo antes que fosse possível decifrar, Sente?
Eu me entrego, e me entrego. A sensação assemelha-se ao infantil cheiro verde de alfazema. "Sinto o vento me tocar, espero você chegar" ? Mas meu consciente já não sabe ao menos quem é "você". Pois, desse modo, lhe espero.
O vento sopra pra aliviar qualquer dor que ainda reste. O branco é azul. Já estou voando. O voo oscila paralelo aos acordes do piano: subindo e descendo, subindo e descendo... Repouso melodicamente na areia. E, então, fecho o livro.
Meus cílios vão aos poucos se separando e me encontro deitada, frágil, com olhos abertos.
"O sonho é o que temos de nosso, de impenetravelmente e inexpugnavelmente nosso."
Fernando Pessoa

2 comentários:

  1. Dizem que cada pessoa tem um dom, uns pra música, outros pra culinaria, outros pra palhaçada :p. Outra pra se expressar, e eu nem preciso ressaltar qual é o seu. Eu acho mágico a forma como as palvras fluem e expressam suas emoções...muitas vezes quando eu tô preocupada com você eu só venho aqui, eu nem te ligo, só venho aqui e leio o que vc escreveu, e pronto já sei como você ta ;) Você um dom, use com sabedoria, e aprenda e cresça cada dia mais. Beeijooooos minha Clarisse Lispector :)

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  2. Que lindo, amiga! Estou também emocionada com esse seu comentário!
    Sua coruja! Rum! kkkk
    Clarice Lispector é uma exagero! Mas se vc quiser que eu seja a sua, estarei aqui! =) kkk

    Beijos, Buh!

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