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domingo, 2 de janeiro de 2011

Por Patrícia Soares



Fiquei nesses últimos dias a procura das palavras certas. As quais seriam as primeiras e/ou as últimas. Não as encontrei. Tudo o que aconteceu foi de tamanha intensidade e significado que não deve ser simplesmente pontuado ou descrito. Tenho o sentimento de dever cumprido, o mais importante foi feito. Absorvi todos estes fatos. Fatos tristes, felizes. Fatos belos, inesquecíveis. Únicos. Reveladores. Eternos. Assustadores. Decisivos. Precursores. A sensação de dever cumprido vai além, se estende até ao fato mais importante, ao próprio compartilhamento do mesmo. A internalização não foi, nem deve ser baseada na individualidade. Por isso, corrijo-me: absorvemos. Eu, Sabrina e aqueles que se permitiram. Não tenho o sentimento de finitude. Não cabe nesse texto. Porém, também não utilizo o conceito de início, desse já passamos. Estamos no meio do caminho, nem no passado nem no futuro, mas no presente. Juntos com aqueles que se permitiram e sabemos que irão se permitir por mais um ano – pelo menos. Pois o tempo presente é a nossa matéria, “o tempo presente, os homens presentes, a vida presente”.

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