Peço Licença poética, é Questão de Consciência
Algumas pessoas apostaram que leriam algumas palavras sobre a Consciência Negra, aqui, essa semana. Sabe que eu não senti o dia 20 de novembro como antes? Foi um sábado tranquilo. Parei pra pensar... Queria entender minha emoção e minha vergonha com o Estatuto da Igualdade Racial, queria continuar. Sinto a força de movimentos sociais que finalmente se manisfesta em algo concreto, algo palpável: em palavras. Mas não eram essas que queria ler. Ou são essas mesmo?
A vergonha (sim, existe uma) é KANTiana. Ele acharia um absurdo escrever um conjunto legal, porque pessoas julgam umas às outras pela cor da pele. (Na verdade, pela história que a cor da pele traz). Não é racionalmente aceito, não é inteligível. O imperatismo categórico ridicularizaria isso. E o problema não é jurídico, é moral. Quem sou eu pra falar de consciência, de moral?
É... também me pergunto. Mas é questão é, inegavelmente, moral. E não serão leis que ditarão o que pensar (o caminho é quase sempre inverso). O problema, como já é sabido, é de Consciência. Consciência branca, laranja, rosa, vermelha, roxa, lilás, violeta, verde-amarela, Consciência Negra.
Como nem toda enfermidade tem cura: a gente trata com o que nossas mãos alcançarem pra viver melhor. Encontramos uma forma de tratamento? Devo ficar mais contente? Perdoem-me por sentir ainda uma vergonhazinha.
- Licença, viu?
- Vá, Permita-se!
- Obrigada.
(autocrítica) Citar Kant é tão pernóstico. Tão pseudointelectual. Nem faz o tipo. Sempre soube que, mais cedo ou mais tarde, essa arrogância ia aparecer Argh!
ResponderExcluir(/autocrítica)
vergonha compartilhada!
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