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sexta-feira, 8 de outubro de 2010

por Patrícia Soares & Sabrina Telles (e vice-versa)

O que não se conhece suficientemente
para saber descrever
Torna-se inexplicável,
Mas não por ser simplesmente complexo
Não por ser indefinidamente intenso
(e o que interessa é, de fato, a manutenção da intensidade),
Não por ser gritantemente silencioso
o motivo
Não por ser levemente reticencioso
o abraço
Não por ser existencialmente antitético
Não por não ser ofuscado, nem apagado,
em momento algum.
Mas pela imprescindibilidade das Palavras
que se inexplicam.
Mas porque, de repente,
o aparentemente inexplicavél
explica-se pelas palavras não ditas
(Por sinal..., prefiro elas guardadas)
Pelo menos, por enquanto
Pelo menos, pelo sorriso
Pelo menos, por saber que serão posteriormente inevitáveis
Pelo menos...
" de repente os olhos são palavras "

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