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domingo, 17 de outubro de 2010

por Sabrina Telles
O alheio e eu
Eu sou porque o acaso,
um interesse,
uma vontade,
um alguém,
uma arte,
um estar
houve

o
que se puxou,
que me empurrou,
que me gritou,
que se calou,
que me mostrou,
se escondeu,
que me expôs,
se protegeu,
acreditou,
não quis pra seu,
me derramou,
se recolheu,
me transformou,
ganhei o mundo,
se conservou,
se converteu.
Eu sou
porque alguém não foi,
algo não é
Eu.

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

por Patrícia Soares & Sabrina Telles (e vice-versa)

O que não se conhece suficientemente
para saber descrever
Torna-se inexplicável,
Mas não por ser simplesmente complexo
Não por ser indefinidamente intenso
(e o que interessa é, de fato, a manutenção da intensidade),
Não por ser gritantemente silencioso
o motivo
Não por ser levemente reticencioso
o abraço
Não por ser existencialmente antitético
Não por não ser ofuscado, nem apagado,
em momento algum.
Mas pela imprescindibilidade das Palavras
que se inexplicam.
Mas porque, de repente,
o aparentemente inexplicavél
explica-se pelas palavras não ditas
(Por sinal..., prefiro elas guardadas)
Pelo menos, por enquanto
Pelo menos, pelo sorriso
Pelo menos, por saber que serão posteriormente inevitáveis
Pelo menos...
" de repente os olhos são palavras "

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

por Sabrina Telles

Por onde vou com o Ser Saudade

Minha mais nova revolução (caminho com elas) é a da Saudade. Exacerbando e sendo quase redundante, minha revolução é a da História. Só pela Saudade ultimamente vou. Pois é... Certas saudades aparecem para que se possa pensar sobre o que faço; se trilho por asfalto, água ou terra; se estou melhor assim. As razões e o futuro. Penso através do passado. E não só do meu e não só do seu, mas do tudo passado que eu sei e que vou lembrando. Assim, o futuro já chegou antes mesmo que eu o tenha citado; que me tenha situado; antes que tenha conjugado o verbo em seu tempo.
Então só me restam as razões sem o futuro? Mas tento não descer pelos mesmos lugares e tento subir por aclives diferentes. Essas tentativas já é o futuro, com as razões acopladas, mesmo com ações não conjugadas explicitamente em seu tempo. Tudo através da reflexão da História, da Saudade. Viver requer originalidade. Felicidade requer originalidade.
Se estou fazendo juízo de valor inadequado a respeito da minha própria estrada inacabada, não sei, não interpreto assim. Não sei se é saudável trilhar por mim assim, com essas palavras meio sem regras, essas sentenças meio sem coerência. A intenção é apenas apresentar que hoje é assim que vou. O presente é pela Saudade (na verdade, pela reavaliação através da Saudade). O futuro é o próprio presente. A História é o próprio passado. Em mim, a História é a própria Saudade. E eu? Eu estou eu?

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