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sexta-feira, 16 de julho de 2010

por Sabrina Telles

De onde vem o Ser Saudade

Deve haver um núcleo que seja indivisível em mim. Um algo imutável ou, pelo menos, pouco passível de grandes alterações; e que fica contido em um outro plano que não o material (apesar de refletir -não muito obviamente- nas coisas).
Essa ideia não contraria necessariamente o que havia pensado (e escrito) antes. Na verdade, não estou mudando o meu anteriormente, mas apenas descobrindo um novo ambiente na minha realidade interior. No momento, isso me parece coerente: há, em algum lugar, um mínimo, não fugaz, de caráter existencialmente abstrato. É... Deve haver sim..!
Seria uma tentativa de explicação para certas sensações que nem lembro que existiam e, de repente, surgem da mesma forma que antes. Não é algo sobre luz e chuva, estão na esfera dos sentimentos, e não apenas "estão" como também "são": pessoas, lembranças, perfumes, lembranças, músicas, lembranças, palavras, lembranças, Palavras.

5 comentários:

  1. É uma teoria, eu já acho que nesse algum lugar em mim, moram mil pessoas, por mais que eu só consiga enxergar parte.

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  2. É outra teoria... rsrs

    Essa parte é a que se faz enxergar, então deve ter algo a mais dentre essas mil.
    Deixa assim...

    Além do que, ir enxergando, descobrindo, abraçando aos poucos é mais interessante.

    Assim, julgo eu.

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  3. Nesse processo de coser pra dentro, deparamo-nos com o nosso Eu verdadeiro (sera?). Não sei, não sei... Sei apenas que existo como uma colcha de retalhos de meus valores, minhas experiências, minhas lembranças esgaçadas, meus sonhos,minhas impressões do viver... Nada mais!
    Beijos cheios de sonhos.

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  4. Então o lugar "De onde vem o Ser Saudade" é o nosso "Eu verdadeiro"? Não sei, não sei... Não ampliaria tanto...

    Mas, se considerar que esse "Eu verdadeiro" é a instância onde estão situadas as mais profundas descobertas do "processo de coser pra dentro", essa conclusão soa válida. Assim, cada reflexão (experiência, lembrança esgaçada, sonho, impressão de viver) seria um encontro com "o nosso Eu verdadeiro", e que não cessarão pelo simples fato de as possibilidades de reflexão serem infinitas...
    Há sempre mais!


    Beijos de admiração imensurável.

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