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sábado, 15 de junho de 2013

por Sabrina Telles

Entre maçãs e abacates

Sigo marcando passos pela poesia em cada vida e objeto ...

Em meio ao possivelmente real sem duvidar de que nossas mãos podem alcançar o sentido do que acreditamos, e sem esquecer que há tudo e nada em nós e sobre nós, refletido na noção de que o individual precede (e baseia) o coletivo, de que os homens somos um universo.

(Uso aqui o plural sem receios, Alegria, porque o incômodo para sermos exatamente o que queremos se revela, em explosões, dia após dia, diante de nós: somos de angústias compartilhadas.)

Saímos pelos esquadros e esferas de luzes da cidade, vestidas do que colhemos da beleza dos símbolos, entre aquários e leões, usando-nos como força-motriz.

Andamos traduzindo imagens em palavras e palavras em imagens, incansavelmente, feito água em pedra que escorre e, sem que os olhos possam notar, vai corroendo, como arte.

Fazemos, do olhar, motivo para sentir algum algo do que todos sentem em si e nos enlaçar ao que nos protege, abraçando e reduzindo a pó o medo de que os ombros impeçam o movimento dos pés e aja com força maior do que nossa vontade.

... e, do mundo pouco sabemos, pouco entendemos, não se pode controlar sua sensibilidade.

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