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sexta-feira, 16 de julho de 2010

por Sabrina Telles

De onde vem o Ser Saudade

Deve haver um núcleo que seja indivisível em mim. Um algo imutável ou, pelo menos, pouco passível de grandes alterações; e que fica contido em um outro plano que não o material (apesar de refletir -não muito obviamente- nas coisas).
Essa ideia não contraria necessariamente o que havia pensado (e escrito) antes. Na verdade, não estou mudando o meu anteriormente, mas apenas descobrindo um novo ambiente na minha realidade interior. No momento, isso me parece coerente: há, em algum lugar, um mínimo, não fugaz, de caráter existencialmente abstrato. É... Deve haver sim..!
Seria uma tentativa de explicação para certas sensações que nem lembro que existiam e, de repente, surgem da mesma forma que antes. Não é algo sobre luz e chuva, estão na esfera dos sentimentos, e não apenas "estão" como também "são": pessoas, lembranças, perfumes, lembranças, músicas, lembranças, palavras, lembranças, Palavras.

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