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sexta-feira, 23 de abril de 2010

por Sabrina Telles
Viver...
Perder a noção da hora, jogar tudo fora, fazer o impensável, começar tudo novo de novo, cantar com desconhecidos, chorar com os amigos, ouvir um bom conselho, jogar-se no mar, sentir o vento tocar, perceber o não sensível, entregar-se ao invisível, reconhecer-se pelo olhar, perguntar "como está", falar a língua dos homens e dos anjos, fazer o que sempre quis, ...E não ter a vergonha de ser feliz.

segunda-feira, 12 de abril de 2010

por Patrícia Soares

Reticências das Palavras
Há momentos em que as palavras se aglomeram. Palavras contraditórias e afins.
Palavras que fazem pensar sobre situações intrigantes; incomodam; e depois
se esvaem deixando
para trás interrogações, exclamações, ponto ou até reticências.
Desejos, vontades, quereres, sonhos, frustações, angústias, aflições.
Todas de mãos dadas, livres de preconceitos e discriminações.
Até que se cansam desse sincretismo,
internalizam a antítese dessa junção e voltam aos seus devidos lugares.
Porém, de vez em quando, deixam a dúvida sobre qual pontuação usar
...
Vou deixar essa interrogação de lado.
Deixemos então... Pelo menos, só por hoje...

sábado, 3 de abril de 2010

por Sabrina Telles

Palavras para que não se criem teias de aranhas
Sempre que me exponho em palavras é quando algo me inquieta profundamente. Fiquei esse tempo sem me mostrar porque nada me inquietava com tanta intensidade. Quando aí, a falta de inquietação começou a inquietar. Quase um alívio...
O Tempo tem envelhecido enquanto cresço. Penso agora em um por-do-sol perfeito pra que palavras caiam; mas, do céu com o mar, só choro e agito. Não estão tão em paz quanto eu, não. Exalo minha alegria em paz, em latu sensu. Mas há espaços para algumas inquietações que formam minhas palavras permitidas. Afinal, é preciso existir.

Lembro de uma amiga agora. Inevitalmente, rindo. Essas palavras ela não vai usar. Não a define como outras. Ela é assim: seu essencial está muito além do simplesmente inevitável. E nem inevitável isto é. Essas palavras estão sendo justificadas pela falta de palavras. Não quero abandonar o Verbo - nem a palavra, nem a ação - por isso que me expresso. E pela alegria de estar podendo escrever sem palavras. E pela própria alegria de existir.

Existo, logo escrevo...

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