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segunda-feira, 2 de novembro de 2009

por Sabrina Telles

Não deixaremos o samba morrer

Olhávamos pela janela, eu via o céu da cor do manto da rainha das águas. E ventava. Uma tarde tranquila. E ventava triste. As pessoas por aquelas ruas podiam desconhecer, mas as pedras sabiam. Por aquelas pedras subíamos, não eram nossos pés que elas sentiam falta. A saudade reinava, pois Antonio Luís não as pisa mais. Acima disso, além disso, em tudo isso; ele vive. Vive porque ele construiu muito e todo esse muito vai viver sempre. Viverá nos sons até quando os sons existirem. Viverá na luta até quando a luta existir. Vive porque tudo dele vive.
Fique com Deus e com todos os orixás, Neguinho.

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