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sexta-feira, 13 de novembro de 2009

por Sabrina Telles

Autorreciclagem
É possível. A quantidade de elementos que se encontram no universo do possível é tanta que assusta. Somos, no fim das contas, uma geração de adultos que nos contentamos com pouco. Com muito pouco. Quando tínhamos menos idade, éramos maiores. É possível sermos mais. [ Não! Não quero pensar nisso! ] Somos acobertados por nós mesmos, por nossa consciência minúscula. Não quero mais minha proteção! Um futuro tentacular está a minha espera, mergulharei. O dia clareia quando a mente esclarece; e as nuvens já estão se dissipando. Sim... vejo o azul; sinto o azul; amo o azul. Amo porque é inevitável gostar do que nos faz bem. Vou tratar de cuidar disso agora. O mundo nos grita: "Sigam-me os bons". E nosso tempo tá passando. Um piscar de pálpebras é suficiente para percebermos nossa efemeridade. Há olhares que nos definem e eu ficarei presa a esses. Só a esses, ... somente aos essenciais... Vou me reconstruir, senhoras e senhores! Desejo também a todos uma boa sorte.

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

por Sabrina Telles

Não deixaremos o samba morrer

Olhávamos pela janela, eu via o céu da cor do manto da rainha das águas. E ventava. Uma tarde tranquila. E ventava triste. As pessoas por aquelas ruas podiam desconhecer, mas as pedras sabiam. Por aquelas pedras subíamos, não eram nossos pés que elas sentiam falta. A saudade reinava, pois Antonio Luís não as pisa mais. Acima disso, além disso, em tudo isso; ele vive. Vive porque ele construiu muito e todo esse muito vai viver sempre. Viverá nos sons até quando os sons existirem. Viverá na luta até quando a luta existir. Vive porque tudo dele vive.
Fique com Deus e com todos os orixás, Neguinho.

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