Devaneios, inquietações
O sol ainda está quente, mas não mais ofusca pensamentos.
Encontro-me com todos as sensações, todos os sentimentos, todos os gestos.
Não sinto nada.
Sinto tanto tudo que chego ao nada, da mesma forma que todas as frequências visíveis do espectro óptico formam a cor branca.
É incontrolável.
Saber qual o próximo passo não significa mais ter condições para fazê-lo, mesmo que saibamos exatamente como.
E existem outras questões.
Por que existem outras questões?
"Sabe lá, sabe lá;
o que não ter e ter que ter pra dar; sabe lá"
Nem sempre nos permitem permitir.
That's (must be) the question!
Eu tenho essa e outra, mas não tenho mais sua presença.
Saudade? Sinto... de você... mas só de vez em quando.
Sinto muito mais saudade de mim mesma.
Permaneço no meu silêncio, mas este já começa a incomodar um pouco, sabe?
Nem me lembro a última vez que gritei.
Não que apenas me construo no grito. Longe disso!
É que gritar é bom.
- Sabrina, não acelere muito, não, viu?
Você sentirá o vento tocar intensamente, contudo verá somente borrões coloridos.
Espero meu momento, meu tempo.
Não tenho pressa: paciência aprendi a ter foi na agonia.
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"Não se afobe, não que nada é pra já; o amor não tem pressa; ele pode esperar em silêncio.."